Editorial

Fim de ano melancólico

Recém é setembro e o leitor do Diário Popular abre essa edição de final de semana sem nenhum pré-jogo da dupla Bra-Pel. Fato que se repetirá até janeiro do ano que vem, a não ser que o Brasil realize ainda em dezembro alguns amistosos preparatórios para o Gauchão de 2024. O futebol profissional em Pelotas mantém-se vivo em 2023 apenas pelo Farroupilha, na Terceirona. Apesar da simpatia que o Tricolor do Fragata exala, é muito pouco para uma cidade que tem como uma de suas características a resistência de times locais, mesmo em um Estado com dois clubes de primeiro escalão nacional. O ano da dupla Bra-Pel foi melancólico.

No Brasil, as confusões políticas foram tanto ou mais assunto quanto o futebol, a ponto do clube entrar em uma fase decisiva da Série D sem ter um presidente de fato. Nem a dupla Ricardo Fonseca e Rogério Zimmermann, responsável pelos acessos em sequência da década passada, conseguiu fazer o Brasil dar liga. Em campo, um Gauchão mediano e uma Série D em que o Xavante jamais deu claros indícios de que poderia brigar pelo acesso. Pelo contrário, conseguiu a vaga nos mata-matas na última rodada e graças a resultados paralelos.. De positivo, só a boa campanha na Copa do Brasil, com o ótimo enfrentamento contra o Atlético-MG.

Já no Pelotas, o ano foi de promessas que nunca chegaram perto de se concretizar. Ficou um eterno gosto de “agora vai…” nas duas competições que disputou. A bizarra eliminação na Segundona Gaúcha, com quatro pênaltis errados em sequência contra o Monsoon, talvez distraia que a campanha neste campeonato foi de desempenho medíocre a maior parte do tempo. Nem trocar de treinador salvou. Veio a Copinha e o clima foi o mesmo, o clube prometendo dar liga, se reforçando com grandes nomes que já não são grandes jogadores e, em campo, uma miséria. Não foram poucos os jogos em que o torcedor deve ter bocejado, tamanha a falta de qualquer coisa com a bola.

São uns bons meses para ambos se reorganizarem e pensarem em 2024. E pensar é necessário nesse momento. Refletir sobre o porquê o futebol daqui não dá liga, para voltarmos a ter representatividade em nível nacional e competitividade estadual. O momento é de diagnóstico sobre finanças, processos e estruturas. A única convicção é que, quando a bola voltar a rolar no Bento Freitas e na Boca do Lobo, as torcidas estarão lá, cheias de fé.

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